Kennys de Oliveira Silva |
De acordo com a mãe do jovem,
a família recebeu a informação de que ele tinha sofrido um acidente às 18h00 e
às 18h30, quando chegou ao
Hospital São Sebastião, ele já estava morto. “Eu acho que ele não estava usando máscara porque o
rosto dele está queimado”, afirmou.
Segundo Alda Cristina, tia e
madrinha do jovem, a empresa se colocou a disposição para ajudar a família,
entretanto não informou como aconteceu o acidente e qual a obrigação da empresa
nesse caso. “Eles vieram aqui apenas para
pegar as cópias dos documentos dele. A família quer saber o que realmente
aconteceu”, afirmou Alda Cristina.
Os familiares relatam que o
jovem sofreu o acidente por volta das 17h00, mas só foi retirado do local após
meia hora, já que ele estava trabalhando a uma altura de aproximadamente 30
metros.Para um trabalhador da
empresa que não quis ser identificado, o clima entre os operários é de agitação.
Em alguns períodos, quando os administradores do setor estão visitando a
empresa, o trabalho deve ser redobrado, atingindo um ritmo acelerado que põe em
risco a vida e a segurança dos trabalhadores.
Para o Presidente do
Sindicato dos Metalúrgicos de Açailândia e região e Secretário Geral da
Federação Interestadual dos Metalúrgicos do Nordeste, o ocorrido foi uma
fatalidade que os trabalhadores desse ramo estão vulneráveis a sofrer. “Ainda faremos contato para saber os interesses da
família e posteriormente ajudar em algum sentido. O que nós ficamos sabendo é
que teve um problema numa retífica e ele foi trocar a retífica e acabou sofrendo
um choque elétrico”, explicou Jarles Adelino.
Essa é a quarta morte
registrada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Açailândia nos últimos dois anos.
Os dois últimos casos ocorreram na mesma empresa, Gusa Nordeste. Com a morte de
Kennys, muitas interrogações até agora não estão esclarecidas, especialmente a
respeito da maneira como aconteceu o acidente, se a empresa tem alguma
responsabilidade pelo ocorrido e em que medida.
Os familiares lamentam uma
perda tão repentina, segundo o pai da vítima, ele estava noivo e havia sido
contratado há apenas dois meses. Procurados para falar do ocorrido, nenhum
representante da Gusa Nordeste quis se manifestar.
Fonte/Rede Justiça nos
Trilhos
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